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Lewis Cass
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O BORBOLETA



Essa matéria foi escrita pelo Sr. Eduardo Tavares que é Vice presidente da Apanasc de São Carlos  ele é pai de uma das jovens promessas da natação, Eduardo é um grande amigo que eu tive a felicidade de conhecer nos campeonato e sempre que nos encontramos trocamos ideias sobre as associação de pais, essa matéria foi uma indicação da nadadora Beatriz Castro e é bem interessante confira, valeu Bia continue assim sempre buscando coisas novas



Autor Eduardo Tavares 


Muitos nadadores tremem ao ouvir “borboleta”. E eu não estou falando do inseto (apesar de que ao menos uma nadadora que eu conheço tem medo delas, as borboletas-insetos).
Existem algumas razões para a palavra “borboleta” causar falsos estresse e ansiedade nas mentes de muitos nadadores. Eles ouvem os seus técnicos dizerem o quanto a braçada é difícil, então obviamente as suas mentes estão esperando algo difícil. Ou os nadadores têm uma técnica tão fraca que praticamente os impossibilita de nadar esse estilo. Esta última é, na minha opinião, a maior culpada pelas caras tristes por ouvirem “borboleta”.
Deixe-me contar um segredo: o nado borboleta não é mais difícil ou desgastante que qualquer outro estilo de natação. Acontece que como a maioria dos nadadores, novos ou velhos, não dominou os conceitos básicos do borboleta, eles acham esse nado muito difícil. E certamente, sem a técnica adequada, o nado borboleta é mesmo o mais difícil dos estilos. Entretanto, quando você como um nadador domina o conceito e o ritmo, e foca nos aspectos certos do nado, passa a perceber que as pessoas estão erradas sobre o borboleta. Com a técnica e ritmo corretos, o borboleta é um estilo tão tranquilo quanto os outros. Aqui estão alguns pontos-chaves que irão ajudá-lo(a) a focar na técnica correta:
1) Não pense no borboleta em termos de nado peito – Muitos técnicos comparam o borboleta ao peito, mas não é bem assim. Ao contrário do peito, onde a cabeça pouco se move em relação à coluna, no borboleta se você mantiver o pescoço e a coluna duras e movê-las juntas quando for respirar, fará um esforço enorme e ficará cansado. Em vez disso, por que não mover o pescoço quando for respirar. Deixe o seu corpo n’água e foque em estender o queixo para a superfície d’água para respirar. Forçar o queixo para a frente (quase tocando a superfície d’água) é muito mais fácil que tirar o seu corpo d’água e requer bem menos esforço.
2)Não mova os seus braços durante a recuperação com as palmas das mãos para baixo ou os cotovelos dobrados – Este é um erro bastante comum no borboleta. O nadador tende a pular sobre a água com os braços e mãos em posição de nado livre (crawl). É quase como se o nadador tentasse pular um obstáculo. O problema é que o nadador eleva-se demais d’água, gastando muita energia. Ao invés disso, mantenha os braços retos quando estão fora d’água e mantenha as palmas das mãos para trás e relaxadas do momento em que saem d’água atrás até a frente. Fazendo uma analogia, os seus braços (NÃO O SEU CORPO) durante a recuperação, agem como um hovercraft. Retinhos sobre a água, Próximos a ela, mas sem tocá-la. Com a diferença das palmas para trás.
3)Não respire muito tarde – Se você olhar bons nadadores de borboleta com cuidado, verá que após respirarem, suas cabeças entram n’água primeiro, antes dos braços. Outro erro comum é fazer ao contrário, com a cabeça entrando após os braços. Da próxima vez que nadar o borboleta, preste atenção no que a sua cabeça está fazendo. Ela deve liderar a ondulação do seu corpo para dentro d’água. Você deve pensar sempre que a sua cabeça está fazendo o que os seus braços farão em seguida. Isso não é tão difícil de acertar. Comece certificando-se de espirar ainda debaixo d’água, assim tudo o que precisará fazer é inspirar quando estiver com a cabeça acima d’água. Isso dará a você mais tempo para inspirar.
4)Não dobre exageradamente os joelhos – Os seus joelhos não devem se dobrar exageradamente ao dar a pernada. Vê-se isso muitas vezes quando um nadador vai respirar, ele dobra totalmente os joelhos, leva os quadris para a frente e após respirar, ele mergulha fundo n’água. A dica aqui é a mesma das anteriores: você não quer ir para cima e para baixo numa grande amplitude. A sua oscilação deve ser bem pequena e próxima à superfície, isso ajudará a minimizar o arraste.

Década de 70 x Século 21


Não existem dúvidas sobre a grandeza de Mark Spitz em sua época e de Michael Phelps mais recentemente. Ambos são várias vezes Campeões Olímpicos com muitos recordes. Todo nadador competitivo conhece os seus nomes e sonha em conseguir o que eles conseguiram.
Esses dois gigantes estão separados por quatro décadas de inovação científica no esporte e uma revolução tecnológica sem precedentes.
Tanto Spitz quanto Phelps têm no borboleta o seu estilo principal, mas o que mudou nesse estilo desde que Spitz ganhou as suas sete medalhas nas Olimpíadas de 72 em Munique?
Além do óbvio que Mark Spitz tinha bigode, não usava um super-maiô, não usava óculos e nem touca de natação, as diferenças mais interessantes aparecem quando vemos vídeos e fotos deles nadando.

A principal diferença entre eles aparece durante a recuperação. Mark Spitz usava o conceito de ir sobre a água e levanta a cabeça e o corpo bem alto acima d’água. Michael Phelps, por sua vez, usa um estilo mais moderno, com pouca oscilação do corpo e quase tocando o seu queixo na superfície d’água. Spitz criava muito movimento de subida e descida, o que aumenta o arrasto n’água, diminuindo a velocidade e gastando mais energia. Phelps usa a maior parte da sua energia para se mover para a frente, ao invés de usá-la para se levantar, tornando-o portanto mais eficiente n’água.
Uma coisa a respeito da respiração os dois têm em comum: Ambos respiram a cada braçada. Phelps não respira na primeira braçada após a saída e na primeira após a virada, mas respira em todas as outras. A ideia aqui é de que respirar a cada braçada ajuda a manter o ritmo e mantém o nível de oxigênio no sangue alto. Além disso, desconfia-se que no ciclo em que o nadador não respira, o seu corpo afunda mais n’água, aumentando o arraste. Em contraste, respirando a cada braçada, o nadador mantém-se mais alto n’água e precisa gastar menos energia para se mover à frente.
O que mais é diferente? Que tal o movimento dos braços acima d’água? No caso de Mark Spitz, os seus cotovelos se dobram, o que causa muito mais estresse nos ombros, mais gasto energético uma vez que mais músculos estão envolvidos para dobrar os cotovelos e pior de tudo, uma posição mais alta do corpo n’água, uma vez que ele precisa de muito mais altura para os braços dobrados não tocarem a água. Phelps, por outro lado, mantém os seus braços retos e apenas levemente acima d’água, o que economiza energia e também faz os braços se moverem mais rápido durante a fase de recuperação.

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