A nadadora gaúcha Graciele Hermann, 19 anos, conquistou o índice para os Jogos Olímpicos de Londres nos 50 m livre. O feito foi alcançado durante o Open de Natação, nesta quinta-feira, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
Com a marca de 25s12, Hermann superou em 15 centésimos o tempo necessário, em 25s27, pela Federação Internacional de Natação (FINA), e em oito centésimos o índice estipulado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), em 25s20.
"Segui a ordem do meu irmão (Felipe Hermann) que disse pra eu "isolar tudo". Estava esperando muito esse índice. E amanhã vocês podem esperar que venho "quebrando tudo". Depois do Pan me tornei mais conhecida, mas vi que precisava treinar mais", apontou a nadadora, após o feito.
No Pan de Guadalajara, Graciele havia feito o tempo de 25s23, abaixo da marca exigida pela Fina, mas acima da estipulada pela CBDA por apenas três centésimos
Ainda no Pan
Graciele Herrmann, 19 anos, havia saído da piscina minutos antes. Medalhista de prata nos 50 metros livre dos Jogos Pan-Americanos, a gaúcha de Pelotas driblava a timidez para dar entrevista. Foi quando chegou Flavia Delaroli, 27, sexta colocada na mesma prova. "Parabéns pela prova", disse a já veterana nadadora. "Essa garota tem um grande tipo físico e tem tudo para ser melhor do que eu fui", completou.
Ali, diante dos jornalistas, ainda molhada e de touca, Graciele recebia uma espécie de cetro da natação brasileira. O tempo de 25s23, o melhor da vida da jovem nadadora, era mais de meio segundo melhor do que a marca anterior e estava a apenas 0s03 do índice olímpico. "Podem contar comigo em 2012. E em 2016 vou dar muito orgulho para o povo brasileiro", disse Graciele, rompendo por um momento a barreira da timidez.
Na noite de sexta-feira, em Guadalajara, a gaúcha de Pelotas se apesentou ao Brasil. Literalmente. Na entrevista coletiva após a prova, ela foi convidada a dizer quem era e por que começou no esporte. "Eu levava 'caldinho' dos meus primos na piscina e resolvi aprender a nadar", afirmou a atleta do Grêmio Náutico União.
Mas Graciele é mais do que a menina que começou a nadar para se defender dos primos maiores. Ela também é modelo, apesar da timidez. "É verdade, sou modelo. Mas só de fotografia. Sou tímida demais para a passarela", diz, antes de deixar bem claro quais são as prioridades. "Primeiro a natação e os estudos, depois a carreira de modelo".
Para os treinadores, Graciele também é modelo. Mas não de fotos ou passarela. "Ela é o modelo do tipo físico ideal para as nadadoras. Esse tipo mais europeu, de mulheres altas. Isso é muito comum no Sul, esperamos que essa medalha dela motive mais garotas de lá a entrarem na natação", afirma o técnico do Pinheiros, Arilson Silva.
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quinta-feira, dezembro 29, 2011
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