AS PESSOAS PODE ATÉ DUVIDAR DO QUE VOCÊ DIZ, MAS ELAS ACREDITARÃO NO QUE VOCÊ FAZ
Lewis Cass
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MICHAEL PHELPS TREINA ATÉ DORMINDO



Um sucesso a entrevista que Michael Phelps deu ao 60 Minutes da NBC no último domingo. Para quem quiser conferir, trechos e ela na íntegra podem ser acessados clicando aqui. ou leia a matéria até o final lá você pode encontrar uma tradução feita por Daniel Dakata do site Raia 4


Alguns destaques que selecionamos:
* “Depois de Beijing, eu não queria nadar mais. Não queria mais ver a piscina todos os dias.”
* Phelps diz que agora é diferente pois está nadando bem e falta pouco para Londres.
* Ele reconheceu que chegou estar prestes a se aposentar, muito próximo.
* Phelps está dormindo numa tenda hiperbárica atualmente sintonizada em 2.700 metros acima do nível do mar.
* Bob Bowman, diz que Phelps chegou a estar entre 0 a 10, na escala 2, e hoje já chegou no 9.
* Perdeu dias, semanas, até mais de um mês consecutivo de treinamento.
* Bowman diz que Phelps pode vencer várias provas em Londres, não diz quantas, mas que tem condições de fazer isso.
* A mãe de Phelps, dona Debbie, quer ver Michael Phelps nadando nos Jogos do Rio em 2016, nem que seja os 50 livre. “Nunca fui lá” disse ela.
* A resposta de Michael para isso: “Quando eu me aposentar, eu me aposento, sem chances”.
E para terminar, Michael Phelps em sua carreira já acumula um total de 40 milhões de dólares em prêmios, patrocínios e salários.





Phelps fala

Autor: dtakata
Michael Phelps


No último domingo, foi ao ar na CBS dos Estados Unidos o programa 60 Minutes, especial com Michael Phelps. Nenhuma novidade, até porque a maioria das entrevistas com ele (e os destaques da natação) são mais do mesmo. "Quais são seus objetivos para Londres?", "o que sentiu quando venceu aquela prova?", "quem são seus principais rivais?", etc. Estamos cheios disso aqui no Brasil, e lá fora não é diferente. Mas esse programa, que também falou com seu técnico Bob Bowman e sua mãe Debbie, trouxe muita informação interessante e declarações surpreendentes. Para ver o vídeo e extras, clique aqui. Mas, mais que as imagens, o que realmente importa são as declarações em si, as principais transcritas abaixo.

Sobre a falta de motivação após os oito ouros nos Jogos de Pequim, em 2008.

Phelps: Após Pequim, houve incontáveis vezes que falei para mim mesmo, "não quero mais fazer isso, não quero ir para a piscina todos os dias". Agora não (é tão difícil), porque, primeiro, os Jogos estão muito próximos, e segundo, porque realmente estou gostando. Estou nadando bem novamente.

Bob Bowman (técnico): Sua forma agora está muito melhor do que há um ano. Há um ano, em uma escala de um a dez, ela estava em dois, e agora está em oito ou nove. Eu estava muito preocupado. Tinha medo de que ele não se recuperasse. Após Pequim, eu achava que tinha 50% de chances de ele não voltar a nadar.

Debbie Phelps (mãe): Disse para ele, "Michael, ou você vai ou não vai. Você quer mesmo enfrentar esses quatro anos? É um tempo muito longo."

Phelps: Foi difícil, porque não sabia se ainda tinha aquela paixão, aquele fogo dentro de mim. Demorou um pouco até eu descobrir. Bob não podia me dizer, minha mãe não podia me dizer. Eles não podiam me ajudar. E aquele caso (refere-se quando foi flagrado fumando maconha, no final de 2009) foi provavelmente o ponto mais baixo de minha carreira. Ver como aquilo afetou as pessoas à minha volta, aquilo foi o que mais me machucou. Foi estúpido. Me coloquei em uma posição ruim. Depois daquilo, não tinha vontade de fazer nada. Acordava às 11 da manhã, não saia de casa, só jogava videogame, estava totalmente largado.

Bowman: Até 2008, ele nunca havia perdido um treino. No outono de 2009, ele perdeu umas seis semanas de treino. No verão de 2010, uma semana antes do Campeonato Americano, num período que eu faço um treino muito importante, cheguei no sábado de manhã e ele não estava lá. Aquilo não me deixou feliz. Mais tarde, descobri que ele tinha ido para Las Vegas passar o fim-de-semana. Certamente ele não foi treinar lá, apesar que eu acho que ele estava na piscina! (risos)

Phelps: Talvez tenha sido porque assisti o filme "Se Beber Não Case". Vi o filme e pensei, "cara, quero ir para Las Vegas!" Então eu e uns amigos pegamos e fomos. Eu não estava muito afim de ir para a piscina, então se eu acordasse e quisesse jogar golf, iria jogar golf. Se eu quisesse ir para Las Vegas, eu iria para Las Vegas. E não me senti culpado. Estava escapando da piscina.

Phelps: Nos últimos anos, minhas performances foram, ao meu ver, horríveis. Desde Pequim, elas não estiveram em um patamar na qual gostaria que estivessem. E a causa disso é que eu passei muito tempo no campo de golfe, e não frequentando os treinos. Havia vezes que eu gostaria de nadar, e outras não. Foram vários altos e baixos nos últimos três anos.

Phelps: Até que um dia, não sei o que bateu em mim, simplesmente acordei e disse, "vamos lá" (para mais uma Olimpíada). Ao ir para o Mundial no ano passado, foi a primeira vez que senti aquele tesão e aquela paixão novamente. Agora me sinto como antigamente. Estou fazendo tempos como fazia antes, nadando provas como fazia antes. Tudo está voltando a ser como era antes de 2008.

Bowman: Ele pode (vencer várias medalhas de ouro em Londres). Mas não sei quantas. Pergunte a ele.



Michael Phelps


Quando pedido para mostrar suas medalhas olímpicas, Phelps mostra sete de Atenas. A outra ele não sabe onde está. O entrevistador se surpreende mais ainda quando Phelps mostra onde estão guardadas as oito medalhas de ouro de Pequim: em uma necessarie, envoltas em uma camiseta velha. É a primeira vez que ele junta as medalhas de suas duas Olimpíadas.

Sobre os Jogos de 2016 e a aposentadoria:

Debbie Phelps: Quero ir para o Rio em 2016! Quero mesmo! Ele disse que me levaria para lá nas férias, mas vamos lá Michael, só os cinquentinha! Quero que ele nade no Rio, e além disso nunca fui para lá!

Phelps: Vamos para lá, mas só para assistir. Quando eu me aposentar, estará acabado. Ao longo de todos esses anos, pude viajar para vários lugares maravilhosos e não pude conhecê-los. Conheci somente hotéis e piscinas. E (após os Jogos de Londres) vou fazer o que quero fazer. 


Sobre a relação com seu técnico de longa data Bob Bowman:

Phelps: A primeira vez que vi Bob, o odiei! (risos) Não queria ter que nadar com ele! Eu estava brincando na piscina, e via ele dando bronca, gritando com os nadadores. Pensei, "jamais vou nadar com esse cara". E as coisas mudaram, 15 anos depois aqui estamos nós, e ainda estou nadando com ele!

Bowman: Não fiquei muito empolgado a primeira vez que vi Michael. Achei que ele fosse um grande problema! Ele tinha 10 anos, correndo em volta da piscina, cheio de energia, e usando aquela energia de uma maneira não muito positiva. E ele também não queria trabalhar comigo. Ele achava que eu era muito malvado. E eu era mesmo! Nossa relação mudou, sem sombra de dúvida. Acho que finalmente descobri, após muito tempo, que simplesmente mostrar o programa de treinamento não é o suficiente e eu não posso fazer por ele se ele não quiser fazer. Ele precisa investir no programa e precisa ter motivação para cumpri-lo por contra própria, sem depender de mim. Isso faz as coisas melhores. E após todo esse tempo, acho que somos como família. Vi-o crescer e a criança virar homem.

Phelps: Ele é como um pai para mim. Ele esteve disponível em todos os momentos, sempre que precisei. Já é parte da minha família. Se não fosse por ele, eu não estaria aqui. Não seria a pessoa que sou hoje.


Michael Phelps e Bob Bowman

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