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SAIU NO BLOG DA POLIANA OKIMOTO

Poliana passa mal, sofre hipotermia e abandona a prova do Pan-Pacífico
Treinador reclama dos locais de competição: 'O atleta faz papel de palhaço. Vou ter que transformá-la em uma baleia para aguentar essa água fria?'
Por Lydia Gismondi ,Globo .com
Direto de Irvine, EUA


Poliana Okimoto tinha alertado. Estava preocupada com as previsões meteorológicas, e elas acabaram se confirmando. Neste domingo, a temperatura da água em Long Beach, na Califórnia, era de 16 graus, o mínimo permitido pela Federação Internacional de Natação (Fina) para provas de maratona aquática. Não era, porém, o limite da nadadora. A brasileira passou mal, teve câimbras, hipotermia e abandonou a disputa na metade do percurso de 10km do Pan-Pacífico. Allan do Carmo também sentiu frio, mas conseguiu superá-lo e ficou bem perto do pódio. Tremendo, saiu da água na quarta colocação. Veja as fotos da competição.


Poliana Okimoto é amparada ao sair da água (Foto: Lydia Gismondi / Globoesporte.com)A pomada usada para diminuir o contato com a água gelada pouco adiantou, conforme Poliana tinha previsto. Ela saiu do mar tremendo. Foi levada para o pronto-socorro. E, enrolada em duas mantas, mal conseguia se mexer. Respondia apenas balançando a cabeça. O café ajudava a esquentar, assim como o aquecedor do veículo onde estava. Depois de cerca de meia hora, enfim conseguiu conversar.


Poliana tenta se aquecer dentor do carro
(Foto: Lydia Gismondi / Globoesporte.com)- Eu me senti muito mal desde o começo. Quando a gente estava esperando a largada, eu já estava com muito frio, mas não gosto de desistir no meio da prova. Quando estava chegando na terceira volta, comecei a não sentir mais as minhas extremidades. Aí fiquei com medo de acontecer algo mais grave e decidi parar. A água mais fria em que já tinha nadado tinha temperatura de 17 graus. Igual a essa, eu nunca tinha nadado - disse Poliana.

Treinador e marido, Ricardo Cintra não se conformava com as condições a que os atletas foram submetidos.

- Quando eu vi que ela estava ficando para trás das outras meninas, percebi que havia algo errado. Ela virou e disse "não estou conseguindo nadar". Falei para ela parar. Em primeiro lugar, penso na saúde dela. Para mim, pouco importa se ela vai ganhar ou perder. Mas é uma coisa muito triste, pois a gente conseguiu com muito esforço vir para cá. E a política é quem sempre manda. Em Roberval, no Canadá, onde foi feito o Mundial, estava um frio desgraçado e não tinha condição nenhuma de acontecer a competição lá, mas, por causa da política, aconteceu. Ou seja: o atleta faz papel de palhaço. Treina o ano inteiro para chegar lá e a água estar 16 graus. Não tem condição - disse Ricardo.

Comecei a não sentir mais as minhas extremidades. "Poliana
O esforço a que Ricardo se refere é por Poliana ter ido à Califórnia com próprios recursos, já que a maratona aquática não estava no programa da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Além disso, o treinador lembra que a nadadora, esguia, é uma das que mais sofrem em competições em águas geladas.

- Neste ano, só tivemos competições em águas frias. O que vou ter que fazer? Vou ter que engordar a Poliana? Vou ter que tranformá-la em uma baleia para aguentar essa água fria?

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