Em março do ano passado, em um treino de musculação, a medalhista de prata do Pan de Guadalajara teve de ser levada de ambulância para o hospital após sentir um tranco na lombar em um salto e não conseguir ficar de pé. Naquela ocasião, passou 5 dias sem andar e quando finalmente pôde fazer um exame, foi acusada uma protusão discal entre as vértebras L4-L5 (escorregamento de disco).
Tudo isso aconteceu na véspera do Troféu Maria Lenk, que era seletiva para o Mundial e para o Pan-Americano e, mesmo assim, a velocista do clube Pinheiros/Sabesp conseguiu se recuperar a tempo para se classificar para as duas competições e, ainda, para os Jogos Mundiais Militares. E ainda por cima, em Junho no Paris Open, chegou muito próxima ao índice olímpico nos 50 livre, a apenas 3 décimos, o que lhe deu mais confiança.
Durante todo o ano de 2011, Michelle teve que lidar com as dores na coluna e muitas vezes
sair de treinos importantes por seu corpo não suportar. Inclusive teve que abandonar a Tentativa para o Mundial pela metade, que foi realizada 2 semanas antes do Maria Lenk. E mesmo com todas as limitações, a musa do Pan conseguiu cumprir todo o calendário de competições. Em Novembro, realizou novos exames e foi constatada uma piora.
Em Janeiro deste ano, resolveu procurar pelo Dr. Sadao, especialisa em coluna, para ouvir uma nova opinião, deixando-a bastante esperançosa com a possibilidade de melhora nas dores com uma infiltração, juntamente com um trabalho intensivo de fisioterapia. Assim, deixou de viajar com a equipe do ECP para altitude em fevereiro e permaneceu em treinamento intenso em SP e em reabilitação no Instituto Vita.
Tudo estava indo bem, mas às vésperas da viagem ao GP de Indianápolis, em um treino mais intenso, Michelle sentiu uma forte fisgada na região lombar em uma virada: seu disco havia se rompido, verificado em novo exame. Faltavam apenas 5 semanas para o Maria Lenk. Conversou com seu treinador André Ferreira, o Amendoim, com o Dr. Sadao e com seus fisioterapeutas. Disse a eles que queria tentar até o fim, que assumiria todos os riscos. Assim, foi decidido fazer uma nova infiltração, porém essa sem sucesso. A extrusão da hérnia já estava prensando o canal medular em 2 cm, praticamente um estrangulamento. Com isso, Michelle sentiu perda de força na perna direita, dor no percurso do nervo e dormência do joelho para baixo.
Michelle Lenhardt é nadadora do Esporte Clube Pinheiros/Sabesp, da Marinha do Brasil, finalista de Mundial, medalhista pan-americana, medalhista do Mundial Militar, recordista sul-americana e atleta Olímpica.
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